Depois de os Templários terem sido acusados e condenados por muitos crimes que não cometeram, o papa Clemente V, em 1312, dissolve a Ordem do Templo em toda a Europa. Foto 1 Até esta data, Tomar foi a «capital» dos Templários em Portugal. O castelo aqui construído por D. Gualdim Pais, em 1160, era o centro das muitas terras e castelos que a Ordem do Templo possuía no nosso país. Foto 2, Foto 3, Foto 4 Os Templários portugueses foram absolvidos de todas as acusações que eram feitas à sua Ordem. D. Dinis negociou com o novo Papa a criação de uma nova Ordem religiosa-militar, que recebesse os bens e continuasse a obra dos antigos Templários. Em 1319 nascia a Ordem da Milícia de Nosso Senhor Jesus Cristo, ou seja, a nossa conhecida Ordem de Cristo, herdeira dos Templários em Portugal. Foto 5, Foto 6, Foto 7 Porém, como uma das tarefas da nova Ordem era continuar a luta contra os árabes, mas agora no mar, a sede da Ordem de Cristo mudou-se para Castro Marim, no Algarve. Ali ficou durante 38 anos até que, em 1357, voltou de novo e definitivamente para Tomar. Foto 8, Foto 9 Em 1420, o rei D. João I toma uma decisão que vai ser muito importante no futuro da Ordem de Cristo: nomeia o seu filho, o Infante D. Henrique, para Governador da Ordem, desaparecendo o antigo cargo de Mestre. A partir desta altura, a direcção da Ordem de Cristo nunca mais deixará de pertencer a um familiar do rei ou ao próprio monarca. Foto 10, Foto 11 É com D. Henrique que começa a nascer o Convento de Cristo, ainda e só dentro das muralhas do castelo templário. O Infante vai mandar construir dois claustros para serviço dos freires da Ordem: o claustro de Cemitério e o da Lavagem. Imagem iteractiva, Foto 12 O primeiro tem apenas um andar e está «colado» à torre-igreja do castelo. Destinava-se a sepultar os cavaleiros de Cristo falecidos, todo o chão está coberto de lajes sepulcrais numeradas. Foto 13, Foto 14, Foto 15 O claustro da Lavagem está entre o do Cemitério e o paço do Infante, que D. Henrique construiu para sua residência no castelo-convento de Tomar. Foto 16 Este claustro tem dois andares para vencer o desnível do monte. O de cima é mais ricamente decorado, ficavam ali os aposentos dos cavaleiros; o de baixo era destinado à criadagem, aí estavam as oficinas e a cozinha. Ao centro do claustro está um poço, já que por baixo do chão se encontra uma grande cisterna para armazenar a água. Foto 17, Foto 18, Foto 19 Encostado e ligado ao claustro da Lavagem estava o paço do Infante, que D. Henrique construiu para sua habitação, mas desse palácio pouco chegou aos nossos dias. Foi aqui que, em 1438, se deu a morte de D. Duarte, vitimado pela peste. Foi frente a este palácio que, no dia seguinte, foi aclamado como rei D. Afonso V, um menino de apenas seis anos. Como diz o provérbio «Rei morto, rei posto». Foto 20, Foto 21, Foto 22, Foto 23, Foto 24, Foto 25 Outras obras mandou fazer D. Henrique no Convento. Uma delas, bem visível, está «colada» à torre-igreja dos Templários, é a torre sineira. Foto 26 |
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