Tomar
 
 
Descoberta uma conspiração contra o rei, é o próprio ...
 

Em 1484 o rei D. João II apunhalou mortalmente D. Diogo, duque de Viseu, irmão da própria rainha D. Leonor. D. Diogo também era Governador da Ordem de Cristo e com a sua morte este cargo foi ocupado pelo seu irmão D. Manuel, futuro rei de Portugal, então com apenas 15 anos. Foto 1

Depois do Infante, só em 1499 foram reiniciadas as obras no Convento de Cristo, quando D. Manuel I já era rei e Vasco da Gama tinha descoberto o caminho marítimo para a Índia. Foto 2

Em 1503, D. Manuel mandou reunir o Capítulo Geral, ou seja, a reunião de todos os membros da Ordem de Cristo. Aí, achou o rei que a vida de recolhimento e meditação dos religiosos era perturbada pelo convívio com os habitantes da vila que ficava dentro do castelo. D. Manuel mandou comprar e demolir todas essas casas, bem como encerrar as duas portas de entrada no castelo (Sol e Almedina). Foto 3, Foto 4

A grande obra deste período, encomendada pelo rei em 1510, é o templo manuelino que foi acrescentado à antiga torre-igreja dos Templários. É nesta altura, por causa das novas construções, que as muralhas começam a ser derrubadas para o convento crescer para fora do castelo. Foto 5, Imagem iteractiva

As duas igrejas (do século XII e XVI) formam um só templo. O coro alto (andar superior) e o coro baixo, servindo de sacristia (andar inferior) ficam no corpo novo; a cabeceira (Charola) ou altar-mor fica na antiga torre-igreja do castelo templário. Foto 6, Foto 7, Foto 8, Foto 9, Foto 10, Foto 11

É nesta igreja do século XVI que está a parte mais conhecida de todo o Convento de Cristo, a janela do Capítulo. Foto 12, Foto 13, Foto 14

Outra obra importante realizada por ordem de D. Manuel foi o andar superior da Casa do Capítulo. Foto 15

O andar superior?! Mas então começou a construir a casa pelo telhado?! Esta é uma história que tem continuação com o filho de D. Manuel, D. João III, o rei que mais construiu no Convento de Cristo. Foto 16

Além do piso inferior da Casa do Capítulo, D. João III manda erguer 6 claustros no Convento: o Principal, da Hospedaria, dos Corvos, da Micha, de Santa Bárbara e o das Necessárias, o mais pequeno dos claustros. Por causa destas construções foi demolida mais uma parte da muralha do castelo. IMAGEM 3D, Foto 17, Foto 18, Foto 19, Foto 20, Foto 21, Foto 22, Foto 23, Foto 24, Foto 25.

Todos estes claustros se ergueram à volta da igreja construída por D. Manuel, tapando-a em grande parte. Esta ocultação chegou mesmo a fazer desaparecer uma das três janelas que a igreja tinha (não era só a do Capítulo). Foi por pouco, mas felizmente a segunda janela não desapareceu completamente e ainda pode ser admirada no 2º piso do claustro Principal. Foto 26, Foto 27

A este propósito conta-se uma história que parte de factos verdadeiros. D. Manuel casou 3 vezes, a primeira com a viúva do primo, à segunda com a irmã dela e da terceira vez casou com D. Leonor, a princesa que vinha para casar com D. João, o seu filho. É claro que o princípe ficou furioso e muito magoado com o pai, recusando as suas explicações. Dizia-se que nunca lhe tinha perdoado e que, quando se tornou rei, construiu estes 6 claustros à volta da igreja manuelina para fazer esquecer a obra e a recordação de D. Manuel. Foto 28

Como o castelo fica no cimo de um monte, o terreno era muito inclinado e não tinha base para erguer estes 6 claustros. O arquitecto que dirigiu os trabalhos, João de Castilho, teve de «inventar» chão plano para poder construir, fazendo-se então uma enorme terraplanagem. Foto 29

Durante estas obras, para aplanar o monte, foi também retirada a terra por baixo da Casa do Capítulo, construindo-se o rés-do-chão. Mas para conhecer melhor esta casa,construída de cima para baixo, vai «teclar» no Convento (século XVI) e poderás descobrir muito mais. Foto 30

É durante este período (D. João III) que o estilo de construção e decoração vai passar do gótico ao renascença. Foto 31, Foto 32, Foto 33, Foto 34.

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