Tomar
 
 
D. Sebastião, de cognome o Desejado. Os nove filhos ...
 

Em 1578, D. Sebastião partia para terras de África para ir combater os árabes. Esta decisão impensada veio a ter consequências terríveis para Portugal, acabando por levar o nosso país a perder a independência. O rei, que tinha partido sem deixar herdeiro para o trono (não era casado, nem tinha filhos), morreu na batalha de Alcácer-Quibir. Foto 1

Ficou rei o tio-avô de D. Sebastião, o cardeal D. Henrique. Já idoso e sem filhos, apenas adiou o problema durante dois anos, até à sua morte em 1580. É então, nas Cortes de Tomar, que se inicia a 3ª dinastia, a Filipina, com a aclamação de Filipe I (II de Espanha) como rei de Portugal (1581). Foto 2

Nasceu em Tomar a dinastia Filipina e um dos maiores Impérios do mundo. Dominava toda a América do Sul, onde, ainda hoje, só se fala Português e Espanhol. Foto 3

As obras continuaram no Convento de Tomar, pelo menos durante os reinados de Filipe I e Filipe II. A primeira delas veio responder a uma necessidade fundamental do Convento, a água. O aqueduto dos Pegões, um grande trabalho de engenharia, vai captar a água a 6 km de distância e canaliza-a até ao Convento. Foto 4, Foto 5

No castelo templário (século XII) e no Convento (séculos XV-XVI) consumia-se a água recolhida em cisternas e nos poucos poços que existiam. Agora, o aqueduto trazia água em abundância até ao cimo do monte do Convento! Foto 6, Foto 7.

Esta foi a primeira obra a ser começada, mas foi a última a ser concluída, tal é a sua dimensão. As obras iniciaram-se no reinado de Filipe I, em 1593, e só terminaram 21 anos depois, no tempo de Filipe II. Foto 8, Foto 9

Quando Portugal perdeu a independência, o claustro Principal estaria já muito parecido com o que hoje conhecemos. Foto 10 Do que nele se fez no tempo dos Filipes, o mais interessante está relacionado com a chegada da água ao Convento, trazida pelos Pegões. Foto 11, Foto 12

Depois de concluir os Pegões, iniciados pelo pai, Filipe II vai continuar a fazer obras importantes. Foto 13 A portaria Filipina, ou Real, foi construída com a intenção de dar uma entrada mais nobre e digna ao Convento. Apesar de ter mudado muito o aspecto desta parte do castelo/convento, foi construída num período de apenas dois anos, de 1618 a 1620. Foto 14, Foto 15

1620 é também o ano em que se termina a sacristia Nova, ou Filipina. Está mesmo ao lado do claustro do Cemitério, construído pelo infante D. Henrique no século XV. Foto 16.

No interior, o que mais nos prende a atenção é a decoração da abóbada, bem conservada e pintada, em tons de dourado, com um enorme grau de pormenor. Foto 17, Foto 18

Filipe III não realizou obras importantes no Convento de Tomar.

Carregando informação, por favor aguarde...