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Ruínas de casa romana, Conímbriga (séculos I-V). Esta ...
 

A palavra claustro deriva do Latim Claudo, que quer dizer fechado. A origem do claustro está na antiga casa romana. Era o pátio central, quadrado, às vezes ajardinado, o centro para onde davam todas as outras divisões da casa. Foto 1

A partir do século VII, quando apareceram os primeiros mosteiros cristãos, esse pátio central começou a ser usado na planta dos edifícios religiosos. Era à sua volta que se distribuía a igreja, a sacristia ou a cozinha e os dormitórios. Foto 2

Hoje, em 2008, a entrada para o Convento faz-se pelo claustro do Cemitério. Foto 3, Foto 4

Foi com a construção deste claustro, juntamente com o da Lavagem, que o infante D. Henrique deu início à construção do Convento de Cristo. Foto 5, Foto 360º, Foto 6

Podemos apontar a sua construção num período de quarenta anos, de 1420 a 60, enquanto o Infante governou a Ordem de Cristo, talvez entre os anos 40 e 50 do século XV. Foto 7

Os seus vinte arcos mostram bem o estilo em que o claustro do Cemitério foi construído, com a sua forma em ogiva, marca característica do estilo gótico. Foto 8

A forma de trabalhar a pedra é muito semelhante à que se pode ver no Mosteiro da Batalha. Certamente foi de lá que veio Fernão Gonçalves, trazido pelo Infante para dirigir as obras dos dois claustros. Este arquitecto deixou-nos a sua assinatura, em belas letras góticas, numa das esquinas do Claustro do Cemitério. Descobre-a numa visita. Foto 9

A única parte que resta do claustro construído pelo Infante são os arcos em ogiva, com os capiteis apoiados em pares de colunas. Os capiteis são todos decorados com motivos vegetais que, parecendo iguais, nunca se repetem em toda a decoração do claustro. Foto 10, Foto 11

Como o nome indica, o claustro destinava-se a dar sepultura aos falecidos freires e cavaleiros da Ordem de Cristo. Para isso, todo o chão está coberto de lajes sepulcrais. Foto 12 O claustro continuou, ao longo dos tempos, a sua função de cemitério, como nos mostram 3 arcas tumulares do século XVI. Foto 13, Foto 14, Foto 15

Estas arcas tumulares também nos mostram que sobre o claustro primitivo, do século XV, foram sendo acrescentados outros testemunhos de diferentes séculos. Foto 16, Foto 17, Foto 18, Foto 19

É neste claustro que podemos ver o mais forte testemunho da importância da água no castelo/convento. Apesar de sobre o chão do claustro repousarem os restos de cavaleiros e frades falecidos, um poço, mesmo no meio de um arco, ia até ao subsolo permitir a captação da água de uma pequena cisterna. Foto 20.

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