Tomar
 
 
Segundo os arqueólogos, é neste local, num monte próximo ...
 

O pequeno e já velho castelo de Ceras era a única fortificação em todo o vasto território que D. Afonso Henriques deu aos Templários. Foto 1

Por ser pequeno ou estar arruinado, o certo é que D. Gualdim Pais acabou por escolher outro sítio para construir o principal castelo dos Templários, o primeiro que ele construiu em Portugal. Foto 2

Uma lápide, por cima da entrada da torre de menagem, diz-nos que a construção do castelo no dia 1 de Março de 1160, logo no ano seguinte aos Templários terem chegado a Ceras. Foto 3

Mas como chegou D, Gualdim até este local?

Um documento de 1317, ou seja 157 anos depois dos acontecimentos, é a fonte mais antiga que nos conta esta história. Aí está escrito que Gil Esteves, «depois de ter jurado, sobre os Evangelhos, dizer a verdade», disse que ouvira dizer a seu avô, Martim Tinoca, o que ele também já lhe tinha contado um tal D. Mendo, ainda mais velho:

Um besteiro foi ter com D. Gualdim e contou-lhe que, enquanto andava a caçar, tinha encontrado um lugar onde havia um povoado antigo e abandonado. O Mestre veio então ver o sítio, junto ao Nabão, onde estavam as ruínas da cidade de Sellium com a sua ponte romana. Foto 4

Domingos Paes Roussado também foi ouvido pelo oficial encarregue, por D. Diniz, de fazer esta inquirição. Disse e jurou que ouvira contar a muitos homens-bons antigos que D. Gualdim mandou sortear entre três montes, para escolher em qual se iria construir a nova fortaleza dos Templários. Por três vezes foram lançadas as sortes e por três vezes a sorte escolheu o monte onde está o castelo. Foto 5

Escolhido o local, alguns dos companheiros de D. Gualdim seguiram para lá. Ele ficou para trás, certamente a explorar as margens do rio e a descobrir as ruínas abandonadas de Sellium. Foto 6

Quando o Mestre dos Templários começou a subir o monte, ouviu os gritos dos seus homens:

« Toma-lo! Toma-lo!»

Encontrados os companheiros, percebeu o motivo de toda aquela confusão. Um javali! Os gritos dos homens, enquanto persseguiam o animal, queriam dizer: apanha-o, agarra-o.

Quando D. Gualdim chegou e viu o javali, já morto, decidiu que Tomar seria o nome do castelo e do povoado que iriam fundar. A palavra «tomar» também tinha, e ainda tem, o sentido de conquista. Conquistar ou tomar um castelo ou uma cidade, por exemplo.

Esta inquirição, de 1317, não é a única memória da fundação de Tomar. Na igreja de S. João Baptista a história é contada em imagens, por duas vezes: no século XV, em «fotografia»; em «filme» no século XVI.

Tal como hoje, a imagem tinha um papel muito importante na comunicação. Nesse tempo a maior parte da população era analfabeta, não sabendo decifrar mensagens escritas. Foto 7, Foto 8, Foto 9, Foto 10, Foto 11, Foto 12, Foto 13, Foto 14.

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