Tomar
 
 
O território de Ceras. Doado por D. Afonso Henriques ...
 

Os cavaleiros Templários vieram para o nosso território ainda antes de Portugal nascer, no tempo em que D. Teresa, mãe de Afonso Henriques, governava o Condado Portucalense.

Quando D. Afonso se tornou o nosso primeiro rei, estes cavaleiros ajudaram-no a conquistar novas terras aos árabes, durante a Reconquista Cristã. Para os recompensar e, ao mesmo tempo, aproveitar a sua ajuda na defesa do país, o rei confiou-lhes enormes territórios junto aos rios Tejo e Zêzere.

Os Templários defendiam as terras e, em troca, exploravam-nas economicamente, recebendo rendas e impostos daqueles que lá trabalhavam.

Em 1159, quando Gualdim Pais já era o seu Mestre, os Templários receberam de D. Afonso Henriques o castelo de Ceras e um grande território à sua volta. Todo o actual concelho de Tomar fazia parte dessas terras. Porém, o castelo de Ceras era muito pequeno e estava em ruínas. Foto 1, Foto 2

Segundo a tradição, enquanto andava à caça, um besteiro encontrou as ruínas de uma velha cidade abandonada. Achando bom o sítio, trouxe Gualdim Pais até este local, estava-se então no fim do Inverno de 1160.

O Mestre encontrou um rio a correr entre terras férteis e os montes à volta eram bons sítios para construir um castelo, dominando o vale do Nabão. Junto às ruínas da cidade de Sellium lá estava ainda a ponte romana para facilitar a travessia do rio. Gualdim Pais não hesitou, era aqui que ia ser construída a nova fortaleza! Foto 3, Foto 4

Para saberes como escolheu o monte onde está o castelo, vai conhecer a história da Fundação.

Hoje sabemos o dia exacto em que começou a ser erguido: 1 de Março de 1160. Foto 5

Mas como é possível saber o dia exacto!? D. Gualdim Pais quis que soubéssemos e deixou essa informação gravada numa lápide, sobre a porta da torre de Menagem. Foto 6, Foto 7, Foto 8

A construção começou. Sob a vigilância dos guerreiros Templários, ergueram-se, lentamente, as muralhas e as torres. Uma dessas torres, quase tão alta como a torre de Menagem, servia também de igreja para as orações dos Templários. Imagem iteractiva, Foto 9, Foto 10,

As entradas e saídas do Castelo faziam-se pela porta do Sol, virada a nascente, e pela porta de Almedina - palavra de origem árabe que significa cidade. Depois do cerco de 1190, quando os árabes atacaram o castelo durante seis dias, esta porta passou também a chamar-se porta do Sangue. Foto 11, Foto 12, Foto 13 (Animação).

Este foi o ataque mais espectacular e perigoso que o castelo de Tomar sofreu, mas houve outros. Em 1323, quando os Templários já se tinham transformado na Ordem de Cristo, o príncipe D. Afonso, em guerra com o seu pai, o rei D. Dinis, tentou entrar pela força no Castelo de Tomar. Foto 14

Também em 1384 o castelo de Tomar cerrou as suas portas ao rei de Castela, no caminho para ir cercar Lisboa, que aqui acampou com as suas tropas (na Várzea Grande). Foto 15

No século XV, já terminada a reconquista dos territórios árabes e longe da fronteira com Castela, Tomar foi perdendo a sua importância militar. É então que, a partir do castelo templário, começa a nascer o convento de Cristo, no tempo de D. Henrique. Foto 16, Foto 17 (Animação).

O pai, D. João I, nomeia o Infante como governador da Ordem de Cristo e é com rendimentos da Ordem que ele vai lançar a grande aventura dos Descobrimentos. Foto 18, Foto 19.

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