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O portal românico de Santa Maria, lado norte. Este ...
 

Esta porta, de arco de volta perfeita, é tudo o que resta do templo construído por Gualdim Pais no século XII. Foto 1

Os terrenos mais altos, à volta da igreja, foram deslizando e soterrando o templo. Por cima dessas terras caídas foram feitas várias construções, o que fez desaparecer a entrada.

O grande restauro que Stª Maria recebeu, em 1940, demoliu as construções e retirou a terra. E foi assim que esta porta do século XII, a parte mais antiga da igreja, voltou a estar à vista de todos. Foto 2, Foto 3

O portal, em algumas partes, já está muito desgastado pelos séculos, apresentando-se os capitéis completamente corroídos. A sua decoração é muito simples. Não nos podemos esquecer que o gótico estava a dar os primeiros passos em Portugal e que a igreja de Stª Maria é uma das primeiras a ser construída nesse estilo. Foto 4, Foto 5

Ao lado do portal ainda há vestígios de um arco, onde assentava um alpendre de que nos falam documentos do século XVI. Este alpendre servia de abrigo aos peregrinos que iam a caminho de Santiago de Compostela (noroeste de Espanha). Foto 6

Por cima do portal, dentro de um círculo, está gravado um dos mais antigos símbolos dos Templários, a estrela de cinco pontas. Os cavaleiros do Templo chamavam-lhe o signo, ou sinal, de Salomão, por ser esse o emblema daquele antigo rei judeu. Foto 7, Foto 8

O signo de Salomão surge aqui envolvido por cinco pétalas. Parece quase que quer imitar a grande “flor” da rosácea que lhe fica por cima. Foto 9

A rosácea é o nome da abertura redonda, por cima do portal, por onde a luz entra e ilumina o templo. Este é o elemento mais belo e artístico de todo o exterior de Santa Maria. Foto 10

As doze pétalas são decoradas por pequenos vidros coloridos, feitos a partir de pequenos pedaços do vidro original que foram encontrados durante o restauro de 1940. A grande flor de pedra também foi restaurada nessa altura. Foto 11, Foto 12, Foto 13

Olhando de frente para a igreja templária , vemos que é formada por três volumes ou corpos distintos. Esses três corpos, um central e dois laterais, têm o nome de naves.

As igrejas de três naves são características do estilo gótico e Stª Maria, uma das primeiras obras deste estilo em Portugal, vai servir de modelo a muitas templos de três naves por todo o país. Foto 14

Um 4º corpo, formado por uma varanda alta, com alpendre, a que se chama galilé, juntou-se no século XVI à antiga igreja templária. Foto 15, Foto 16

É sobre essa varanda que se encontram as capelas e a sacristia, construídas por D. João III. Do exterior parece que a galilé não tem altura suficiente para lá caberem as capelas.

Não te deixes enganar, lembra-te que Stª Maria é muito mais alta do que parece fora, porque fica quase dois metros abaixo do nível do chão. Foto 17, Foto 18

A galilé também recebeu grandes obras de restauro em 1940. Foto 19, Foto 20, Foto 21, Foto 22

Ao mesmo tempo que construía o castelo no alto do monte, Gualdim Pais edificava o templo na outra margem do rio. Para proteger a igreja, os Templários ergueram esta torre. Foto 23

Como podes ver, a torre apresenta três níveis ou andares. A opinião mais aceite é que quando a torre foi construída teria apenas o primeiro andar, ou seja, era um cubo. Só no século XVI, por ocasião das obras realizadas na igreja , terão sido acrescentados os outros dois andares, transformando-se em sineira a antiga torre defensiva . Foto 24

O portal, a única entrada do edifício, é ainda o original do século XII. Foto 25

O lado esquerdo apresenta uma decoração simples e própria do período românico, como podes ver pelas imagens. Foto 26, Foto 27

Na parte superior são visíveis os encaixes em que se apoiava o alpendre que a torre então apresentava. Foto 28, Foto 29

Até ao século XIX, os cemitérios não eram espaços fechados como são hoje. Os enterramentos eram feitos no interior dos templos e no terreno à sua volta, no adro da igreja.

Escavações arqueológicas, realizadas no adro de Santa Maria em 2008/09, puseram a descoberto o antigo cemitério medieval. Foto 30, Foto 31, Foto 32, Foto 33, Foto 34

Ainda em finais do século XIX havia à volta de Santa Maria muitas estelas funerárias de sepulturas dos séculos XII e XIII. Hoje estão guardadas no Convento, no claustro da Lavagem, e formam uma das maiores colecções deste tipo que há em Portugal. Foto 35

Já na igreja de S. João Baptista, porque ficava localizada no centro da cidade, só se faziam enterramentos dentro do templo.

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