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Jerusalém, segundo uma gravura de 1493. O edifício ...
 

1118 – Após a conquista de Jerusalém, com a I Cruzada (1099), milhares de peregrinos europeus acorriam àquela cidade sagrada. Hugo de Payens e oito cavaleiros juntam-se com o objectivo de proteger dos ataques muçulmanos esses cristãos que se dirigiam à Terra Santa. Para sua sede, escolheram o antigo Templo de Salomão, em Jerusalém. Foto 1

1120 - Adoptam o nome de "Pobres Cavaleiros de Cristo". Estes cavaleiros fizeram voto de pobreza e de castidade. O seu símbolo passou a ser o de um cavalo montado por dois cavaleiros.

Devido ao local da sua sede (Templo de Salomão), do voto de pobreza e da fé em Cristo, surgiu o nome da Ordem: Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão ou, simplesmente, Cavaleiros Templários. Foto 2

1128 – Viagem de Hugo de Payens à Europa, onde percorre a França, Inglaterra e Península Ibérica, para recrutar novos elementos para a Ordem. Quando regressou, no ano seguinte, levou consigo várias centenas de homens a pé e a cavalo.

O concílio de Troyes encarrega São Bernardo de criar as regras a que deve obedecer a Ordem do Templo.

1129 - Data oficial da fundação da Ordem do Templo, a 14 de Janeiro no concílio de Troyes.

Inicialmente, a sua acção militar limitava-se aos territórios cristãos conquistados na Terra Santa. Logo depois, os Templários estenderam a sua luta até à Europa, onde tiveram uma enorme importância durante a Reconquista Cristã.

1136 – Morre Hugo de Payens, o fundador da Ordem, e sucede-lhe na chefia Robert de Craon.

1139 - Bula do papa Inocêncio II que dá à Ordem numerosos e exclusivos privilégios.

A Ordem dos Templários tornou-se numa instituição de enorme poder militar, político e económico, recebendo enormes doações de terras, feitas por reis e grandes senhores da nobreza. Foto 3

1145 - Novas bulas de Inocêncio II, “Milites Templi” e “Militia Dei”, entre estes novos privilégios é-lhes permitido construir castelos e oratórios. Foto 4, Foto 5, Foto 6

1150 - Novo Grão-Mestre dos Templários: Bernard de Trémelay.

1153 - Tomada de Ascalón, onde morre o Grão-Mestre Bernard de Trémelay e quarenta dos seus templários. Para desencorajar os guerreiros cristãos que cercavam o castelo, os 40 templários foram degolados e as suas cabeças penduradas nas muralhas. Uma semana depois, após um cerco de cinco meses, Ascalon caiu nas mãos dos cristãos.

Esta foi uma das batalhas em que participou D. Gualdim Pais, enquanto combateu na Terra Santa. Foto 7

1187 - Inicio da III Cruzada.

Na batalha de Hattin, cento e quarenta templários sob o comando de Gérard de Ridefort são feitos prisioneiros e executados por Saladino, mas o comandante templário é perdoado.

Saladino reconquista Jerusalém. Foto 8

1191 - Os Templários conquistam Chipre.

1244 - Desastre militar no cerco de Gaza: de 348 templários, só escapam 36.

Antes de entrar em combate, os Templários erguiam os olhos para o céu e gritavam, em coro, a sua divisa: Non nobis, Domine, non nobis, sed nomini Tuo da gloriam (Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao Vosso nome dai a glória). Foto 9

1291 - Guillaume de Beaujeu morre no cerco de Acre, tal como os melhores cavaleiros templários.

Perda definitiva da Terra Santa. Com este acontecimento deixou de existir o motivo por que a Ordem tinha sido criada, a protecção dos peregrinos cristãos que se dirigiam à Terra Santa.

1294 - Jacques de Molay torna-se no último Grão-Mestre dos Templários. Foto 10

1297 – A Ordem do Templo empresta 2.500 libras ao rei de França, Filipe, o Belo.

1298 – Os Templários emprestam 50.000 libras a Filipe, o Belo.

Era tal o poder económico da Ordem e a confiança que despertava que acabou por se transformar no primeiro “Banco” da Europa. Entre os séculos XII e XIII, os Templários foram os principais fornecedores de crédito, emprestando grandes quantias a reis e grandes senhores da nobreza. Assim nasceu a lenda do Tesouro dos Templários.

1305 - Primeira denúncia contra os Templários.

Senhores de uma imensa fortuna, foram alvo da cobiça do rei de França, Filipe, o Belo. O monarca resolveu apoderar-se dos bens da Ordem, fazendo aos Templários uma série de falsas acusações. Foto 11

1307 - A 13 de Outubro, sexta-feira, detenção dos Templários em toda a França. Foi a partir deste acontecimento que nasceu a tradição, ainda hoje existente, de a sexta-feira, dia 13, ser considerado um dia de azar.

A 24 de Outubro é julgado o Grão-Mestre Jacques de Molay.

1310 - Os cavaleiros templários julgados em Castela e Portugal são absolvidos.

Em França, 54 templários são condenados à morte. Muitas das acusações feitas aos Templários basearam-se em confissões obtidas através de terríveis torturas

1312 - A 3 de Abril, a bula “Vox Clamantis” dissolve a Ordem do Templo. Os bens são transferidos para a Ordem do Hospital.

1314 - Acaba o processo contra a Ordem. A 18 de Março, o Grão-Mestre Jacques de Molay é morto na fogueira, em Paris.

Antes de ser queimado, Jacques de Molay avisou o monarca francês e o papa Clemente V que dentro em breve se juntariam a ele, para comparecerem ao julgamento perante Deus. As palavras do Grão-Mestre cumpriram-se, ambos morreram nesse mesmo ano. Nos catorze anos seguintes faleceram os três filhos de Filipe, seus sucessores no trono, encerrando uma dinastia com 300 anos. Foto 12, Foto 13

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